08/08 ~ Ithamara Koorax
“CANÇÕES DE AMOR: 100 ANOS DE ELIZETH CARDOSO”
ITHAMARA KOORAX CANTA A DIVINA ELIZETH
Uma das grandes vozes brasileiras reveladas nos anos 90, Ithamara Koorax presta homenagem à sua madrinha artística Elizeth Cardoso num show emocionante, recriando seus maiores sucessos como “Nossos Momentos”, “Canção de Amor”, “Manhã de Carnaval” e “Barracão”, numa grande retrospectiva da história do samba-canção. O show, com roteiro e direção musical de Zé Maria Rocha, inicia as celebrações pelos 100 anos de nascimento de Elizeth, uma das maiores intérpretes da música brasileira.
“Apesar de ter conhecido Elizeth no seu derradeiro ano de vida, nossa relação foi muita intensa”, comenta Ithamara, que foi amadrinhada publicamente pela “Divina” em janeiro de 1990, durante uma temporada na casa noturna Rio Jazz Club. Participou do último disco de Elizeth (“Ary Amoroso”) e, alguns anos depois, regravou a faixa-título de “Canção do Amor Demais” – disco emblemático e fundamental não apenas para a sua vida e trajetória artística, mas também para a história da MPB.
Chamada de “gogó de ouro” por Elizeth, Ithamara já trilhou muitos caminhos musicais e consagrou-se internacionalmente. Gravou com os maiores nomes da MPB – Tom Jobim, Luiz Bonfá, João Donato, Hermeto Pascoal, Marcos Valle, Martinho da Vila, Tito Madi, Edu Lobo, o grupo Os Cariocas – e da música internacional. Lançou 25 CDs e gravou 10 temas para novelas da TV Globo. Entre elas, “Riacho Doce”, “Fera Ferida”, “Celebridade”, “Pedra Sobre Pedra”, “Estrela Guia” etc. Já se apresentou em mais de 20 países, entre eles Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Suiça, República Tcheca, Sérvia, Bulgária, Chipre, Finlândia, Japão e Coréia.
No show “Canções de Amor: 100 Anos de Elizeth Cardoso”, Ithamara irá interpretar músicas como “Carta ao Tom” (Toquinho e Vinicius de Moraes), “Canção de Amor” (Chocolate e Elano de Paula), ”Manhã de Carnaval” (Luiz Bonfá e Antônio Maria), “Canção da Manhã Feliz” (Luiz Reis e Haroldo Barbosa), “Consolação” (Baden Powell e Vinícius de Moraes)” e “Deixa” (Baden Powell e Vinícius de Moraes), entre outras.
Sobre Elizeth Cardoso – Conhecida como “A Divina”, foi descoberta por Jacob do Bandolim, em sua festa de aniversário, aos 16 anos. Em 1950, graças ao apoio de Ataulfo Alves, gravou os álbuns “Braços Vazios” e “Mensageiro da Saudade”. Com a música “Canção de Amor”, do disco homônimo de 1951, foi chamada para aparecer em um programa na TV Tupi, que gerou uma grande visibilidade para sua carreira. Em 1958, Elizeth Cardoso foi convidada por Vinicius de Moraes para interpretar um álbum de canções escritas por ele e Tom Jobim, “Canção do Amor Demais”, considerado o primeiro álbum da Bossa Nova, com a participação de João Gilberto.
Continuou a cantar com grande sucesso até sua morte. Lançou mais de 40 álbuns no Brasil e exterior. Por suas sete décadas de brilhante vida artística, é considerada uma das maiores interpretes brasileiras de todos os tempos.
Ithamara sentiu que agora era a hora certa de se debruçar sobre o repertório de sua madrinha Elizeth Cardoso. “Estou mais madura como cantora, tenho procurado me aprimorar sempre, e finalmente sinto que posso tratar as músicas que a Divina tanto amava com a dignidade merecida”, comenta.
“Logo no início da minha carreira, ao fazer um show em São Paulo com Guinga e Paulo César Pinheiro, a divina Elizeth Cardoso estava na platéia. No final do espetáculo, ela subiu ao palco e me fez tantos elogios que eu não segurei a emoção e chorei”, relembra Ithamara. Não era para menos. A “novata” ganhava ali o aval daquela que, por “coincidência” (ou destino), sempre havia sido sua cantora favorita, desde que ganhara, ainda criança, o LP “Canção do Amor Demais”. Daquele encontro em diante, em SP, Elizeth passaria a chama-la de “gogó de ouro”.
Quatro meses mais tarde, no projeto “Vozes Para Os Anos 90”, no Rio Jazz Club, Elizeth fez questão de, publicamente, se intitular a madrinha de Ithamara. Além disso, convidou-a a participar daquele que, infelizmente viria a ser seu último disco, “Ary Amoroso”, lançado postumamente. “Apesar de ter conhecido Elizeth no seu derradeiro ano de vida, nossa relação foi muita intensa”, comenta Ithamara, que alguns anos depois regravaria a faixa-título de “Canção do Amor Demais” – disco emblemático e fundamental não apenas para a sua vida, para a sua trajetória artística, mas também para a história da MPB – para o “Songbook de Tom Jobim” organizado por Almir Chediak. “Foi mais um momento emocionante, cantei agradecendo a Elizeth por tantas coisas maravilhosas, tantas bençãos que ela me deu. A imagem dela me abençoando no palco do Rio Jazz Club nunca sai da minha cabeça, é a imagem mais importante da minha vida”.
Desde então, Ithamara Koorax já trilhou muitos caminhos musicais e consagrou-se internacionalmente. Mas apesar de tantas horas de voo nas mais diversas direções – do jazz à música clássica, da bossa-nova à música eletrônica -, Ithamara permanece intimamente ligada à obra de Elizeth Cardoso, sempre emocionalmente conectada à sua madrinha. Volta e meia, regrava alguma canção do repertório da Divina; de “Preciso Aprender A Ser Só” a “Manhã de Carnaval”, eternizada pela voz de Elizeth na trilha sonora original do filme “Orfeu Negro”. Sem falar que Elizeth lhe deixou uma relíquia muito especial: uma imagem de São Brás, o santo protetor da garganta e das cordas vocais, que ela levava para todos os shows que realizava.
Serviço
Teatro Rival – Rua Álvaro Alvim, 33/37 – Centro/Cinelândia – Rio de Janeiro. Data: 08 de agosto (Quinta-feira). Horário: 19h30. Abertura da casa: 18h. Ingressos: R$ 60,00 (Inteira), R$ 40,00 (Promoção para os 100 primeiros pagantes), R$ 30,00 (meia-entrada). Venda antecipada pela Eventim – http://bit.ly/TeatroRival_Ingressos2GIaEKp Bilheteria: Terça a Sexta das 13h às 21h | Sábados e Feriados das 16h às 22h Censura: 18 anos. www.www.teatrorivalpetrobras.com.br. Informações: (21) 2240-9796. Capacidade: 350 pessoas. Metrô/VLT: Estação Cinelândia.
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